Categoria: Artigos
Data: 26/02/2023

A vida cristã é a vida em dependência da graça do início ao fim. É a vida que depende inteiramente do favor imerecido de Deus, do favor que flui da obra redentora do Eterno Filho de Deus, Jesus. Foi sob essa graça e vivendo a vida dependente da obra mediadora de Cristo que a IPSL esteve no seu Retiro de 2023. Por mais um ano o Senhor nos visitou, instruiu e alegrou nossos corações. Certamente, nossas expectativas foram baixas para aquilo que experimentamos durante os quatro dias de retiro.

Sabemos que o Senhor sempre está conosco, que vivemos diante dele em todo tempo e que seu Espírito Santo habita em nós, mas há certos momentos que Ele nos visita de maneira especial. Sua presença se torna mais vivida em nosso meio, nosso coração é aquecido e nossa alma vivificada. Às vezes esperamos que isso ocorra de maneira extraordinária, em grande pompa e com sinais externos miraculosos, mas o Senhor vem em um “cicio tranquilo” (1 Reis 19:12). Ele veio a nós nas orações, na Palavra lida e pregada, no compartilhar dos pequenos grupos, nas conversas despretensiosas dos momentos livres, nos serviços diários de limpeza, nas refeições partilhadas, no jejum e no partir do pão da Sua mesa. O ordinário se revestiu de extraordinariedade, santidade e beleza, pois o Senhor nos visitou.

A Palavra nos instruiu e alimentou diariamente. Fomos exortados a viver em concordância com a graça que recebemos, a tornarmos os meios de graça hábitos em nossas vidas: ouvindo a Deus, falando com Deus e permanecendo na comunhão do povo de Deus. Nos meios de graça há um permanente fluxo da graça de Deus, que desce do seu trono e submerge o deserto da alma sedenta. A natureza desse ensino é de ordem prática, é uma convocação à oração, leitura bíblica, jejum, adoração, meditação, contemplação, comunhão etc. Todas essas disciplinas espirituais são ordenanças dadas para o bem da igreja, seu crescimento e vitalidade espiritual.

O resultado da presença do Senhor conosco e de sua instrução que nos concede vida é a alegria. Gozamos de sua presença e nosso coração foi satisfeito e completado. Nossa alma foi mais satisfeita nEle, sendo nutrida, acolhida e renovada. Por melhor e mais numerosas que sejam as bênçãos que nos foram concedidas, nenhuma delas pode se comparar ao fruir da presença de Jesus, nosso redentor, Ele é o motivo de nossa alegria, Aquele que satisfaz o coração inquieto. Jesus é a meta e alvo dos meios de graça e por esses meios temos acesso contínuo a sua presença.

Por fim, os dias de retiro se completaram, mas não sem antes fossemos instados e compelidos a voltarmos ao “primeiro amor” (Ap 2:4). Fomos convocados a assumir um compromisso genuíno e buscar mais atiladamente o “reino de Deus e sua justiça” (Mt 6:32), a caminharmos pelo caminho excelente praticando a verdade, orando, jejuando, comungado com irmãos, adorando. O retiro encerrou-se, mas permanece a certeza que “Aquele que começou boa obra em nós, vai completá-la” (Fl 1:6). Aguardamos firmemente que o Senhor continue sua obra em nós, nos avivando, aquecendo os corações, despertando-nos do sono e livrando-nos da frieza espiritual, para nosso bem e glória de Cristo Jesus.



Tags: retiro

Autor: Pb. Alessandro Sodré   |   Visualizações: 78 pessoas
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